Intervalos são pilares na formação musical, sendo importantes para a estruturação de outros assuntos que se dão no estudo da teoria musical. Entretanto, se os intervalos são isolados de outros assuntos, não se tornam mais que obstáculos burocráticos e que pouco acrescentam à realidade do músico.
Toda vez eu vejo um vídeo sobre intervalos e assuntos similares recheado de visualizações, eu me pergunto o que as pessoas ganham indo direto e unicamente a este assunto. Com toda sinceridade, saber que uma quinta justa possui 7 semitons não é muito útil isoladamente senão em casos muito específicos. Intervalos são sim importantes, mas é preciso saber usá-los e entender a sua importância para outros assuntos. Para isto é importante que tenhamos uma base preparatória e que não pulemos etapas. Desta maneira, o estudo dos intervalos torna-se mais fácil e relacionado a um contexto que envolve outros assuntos.
Outro problema é encarar o estudo de todos os intervalos, de uma só vez, logo no começo dos estudos. Acaba se tornando uma tarefa enfadonha, extensa e sem conexão com a prática. É comum "malhar o braço" em cima de intervalos e exercícios logo nas primeiras aulas dos melhores cursos de música e dos bons livros. É uma abordagem válida e muito usada, mas não é a única. Aqui na ArsOnline, a abordagem que utilizamos envolve uma conexão orgânica entre os assuntos. O primeiro passo é estudar o intervalos de segunda (tom e semitom), com eles, já podemos identificar uma escala e já podemos entender como funciona o intervalo de terça - que por sua vez, nos permite abordar a formação de tríades (acordes de 3 sons). Entendendo as tríades e como funciona uma escala, já podemos falar de campo harmônico maior, que além de nos permitir falar de tonalidade, já nos conecta com exemplos musicais reais.
Tudo isso com apenas 2 intervalos - segundas e terças!
Em seguida, convém falarmos das quintas justas, pois complementam o assunto de formação de acordes. Neste momento, com apenas 3 intervalos, já podemos falar também dos campos harmônicos menores naturais - e consequentemente, das relativas menores. Neste estágio, outras várias situações reais e exemplos musicais tornam-se viáveis ao estudante, que já conecta os seus estudos à sua prática.
É o melhor dos 2 mundos! Afinal, conectar-se o quanto antes com o repertório é imprescindível na formação do músico. Tabelas e números não nos servem para nada se não estão conectados à prática e à escuta musical.
Eu poderia escrever um livro sobre esse assunto, mas por ora paro por aqui e te convido a conhecer o nosso curso de teoria e percepção musical. O primeiro módulo é 100% GRATUITO! Aproveite e baixe o nosso ebook para poder acompanhar as aulas. O ebook foi pensado como um material de consulta as aulas do módulo 1 e também é totalmente GRATUITO!!
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