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5 dicas para se dar bem na Teoria Musical

A teoria musical está para servir à música e não o oposto. De nada adianta mergulhar nos livros e engolir páginas de sistemas, regras e esquemas, e esquecer que tudo deve ser aplicado musicalmente e compreendido auditivamente. Neste post vamos falar sobre 5 dicas para você se dar bem no estudo da teoria musical.

01: Estudar Teoria não é sobre estudar notação.


A música utiliza a notação musical da mesma forma que a poesia utiliza a escrita. A notação e todas as ferramentas de fazer música são apenas meios. O que vale é o resultado musical que é percebido através dos nossos ouvidos - em uma relação de percepção e identificação que é mental e muito complexa.


Então, não adianta ler partitura como ninguém e não compreender nuances e não dialogar com o repertório. Não adianta saber todos os acordes e tonalidades, ser o mestre da harmonia e não dialogar com a prática. Não adianta saber a engenharia da produção musical e como apertar o botão de centenas de plugins se a música está em segundo plano.


02: Relacione tudo ao que você escuta.


Se está estudando compassos simples, que tal ouvir os balanços e o que diferencia um binário simples de um quaternário simples? Se está estudando campos harmônicos, que tal ouvir as relações intervalares melódicas das escalas e o comportamento dos acordes mediante este contexto? Leu um manual de ornamentação barroca, mas que tal ouvir música barroca para observar as ornamentações na prática?


Tudo na música deve ser feito visando um resultado sonoro. Tudo deve ser feito visando aumentar o conhecimento para convergir em um ouvido mais apurado. Uma nota escrita não é nada enquanto ela não soa.


03: Não faça uma super análise de tudo e abrace a vivência natural das coisas.


Aos mais comprometidos, o excesso pode atrapalhar. Nunca deixe de ouvir música sem compromisso e pratique a escuta distraída. Vivência é conhecimento! A paisagem sonora e o conhecimento inconsciente fazem parte da evolução da intuição musical. A melhor maneira de evoluir a nossa musicalidade é vivendo música e dando tempo ao tempo.


04: Não pule etapas.


O mercado vai sempre prometer falsas facilidades. O que nos motiva a começar pode gerar frustação e portanto é preciso saber ter os pés no chão. Todos podem, mas ser artista não é entretenimento. Existe um abismo entre sentar no sofá para ver um filme e fazer um filme. Ser artista é esforço, é compromisso diário, é estilo de vida. Ao buscar conhecimento, procure pessoas sérias e se envolva com seriedade. Faça direitinho, assim como todos os bem sucedidos fizeram, e não caia no conto da fórmula secreta. A fórmula secreta é a resiliência. Pular etapas é se iludir e adiar o que poderia estar sendo feito hoje!


05: Pratique sua arte com regularidade. A teoria musical é apenas um complemento.


É preciso ter contato com a arte que você almeja fazer. Se é um instrumento musical, você precisa tocar. Se é composição, você precisa criar. Se é produção musical, é preciso produzir. Estudar teoria complementa isso e faz parte de uma formação de conhecimentos diversos, mas todas devem convergir no fazer, desde o primeiro dia.

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